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Mensagens

Teresina, 25 de janeiro de 2022

Vinte e cinco dias desde o início do ano mas parece uma eternidade. Apenas duas semanas longe do estágio e parece uma eternidade maior ainda. A sensação de despreendimento não me agrada, falta algo e eu não consigo corrigir. Me sinto perdida, sem rumo, sem energias para mudar minha situação. Sinto tudo, mas não sinto nada. Na verdade, sinto uma vontade de desaparecer, de não ter que lidar com as consequências de tudo, já que o autoperdão é um processo demorado e sofrido. Não tenho mais vontade de continuar, em sinto sozinha e não consigo manter ninguém ao meu lado. Que dias ruins. Não consigo falar disso pra ninguém, não sei como pedir ajuda, me sinto humilhada com cada situação, principalmente porque tudo parecer ser pequeno diante de tudo que acontece. Só quero desistir mesmo e não pensar em mais nada. 
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Teresina, 9 de janeiro de 2022

 Mais um noite de sono ruim porque sentimentos pesados invadiram a minha cabeça. A cada vez eu me sinto mais perdida, sem saber o motivo de cada sentimento e sem saber como resolver. Chega a ser um misto, eu acho, de solidão, medo, insegurança e tantos outros que ainda não encontrei palavras pra descrever. Pra piorar, não sei identificar a causa, o gatilho, só sinto. O processo de autoconhecimento e de autoperdão parece tão útil nesses momentos, mas tão difícil de alcançar também. Eu só quero ficar bem comigo mesmo, continuar, pensar que coisas melhores podem acontecer mesmo que eu esteja sozinha porque só eu importo no final.  Só eu posso cuidar melhor de mim, só eu me conheço o suficiente pra resolver cada situação ruim, só eu quero o melhor do mundo pra mim. Preciso focar nisso todos os dias pra continuar, minha motivação diária pra levantar e viver. Um dia de cada vez.  Eu sei que tenho pessoas importantes do meu lado, o suficiente pra me fazer bem, e eu sei que sinto que dependo d

Teresina, 24 de julho de 2020

Ainda estou aqui (infelizmente) e espero que não seja por muito tempo, cada dia fica pior e eu não aguento mais chorar quase todas as noites com raiva das minhas decisões e com medo do que me aguarda. Na verdade, eu só queria um pouco de paz e só vejo uma solução pra isso, o que na minha cabeça parece certo, mas ainda é difícil de dizer. De todo modo, a ideia é tentadora, desejada, pretendida em todos os níveis e até consigo me ver fazendo, só que no fundo algo me impede, não sei bem o porquê. Eu sei que ninguém me ama, até aqueles que eu acreditava hoje não parecem se importar tanto.  Quando penso nisso, só consigo pensar em uma ou duas pessoas, três se eu somar os sentimentos de duas pessoas. Mas só isso. E infelizmente elas ainda me prendem. Talvez se elas soubessem o que eu sinto, me liberariam disso, me deixariam ir e me prometeriam que ia ficar bem, só que a cada dia que passa as palavras ficam mais difíceis.  Como eu queria que elas soubessem que eu me odeio, que me arrependo de

Teresina, 26 de abril de 2020

Dias bons e dias ruins, sempre foi assim. Durante a quarentena estes frequentemente ocorrem durante os finais de semanas. Realmente, cabeça vazia e ócio não são as melhores soluções.  Tenho tentado manter uma rotina pra manter a cabeça sã, mas alguns vezes isso foge do meu controle. Segundas e sextas conseguem ser tranquilos, na medida do possível, por causa dos horários apertados. Ocupo minha cabeça com trabalhos e estudos, o pouco tempo livro minha cabeça aproveita pra processar toda a informação que recebi durante o dia, acaba que fica sem tempo de criatividade.  Finais de semana, contudo, não são tão sortudos. Os dias são aproveitados somente pra descanso, talvez um filme ou um livro. Como eu queria que fosse assim... Horas e horas a fio sem nada útil pra fazer permitem que a minha cabeça viaje e se fixe em ideias ilógicas e martirizantes. Quem dera eu consegui focar em outra coisa além disso Em verdade, me pego imaginando que algo está errado, que não está bem e como semp

Teresina, 17 de abril de 2020

"eu te amo e me desculpa por errar tanto, você é o amor da minha e eu te quero pra sempre." Não estamos nem na metade do ano e quanto coisa já aconteceu até aqui. Está tudo um caos externamente e internamente e, na verdade, não há surpresa alguma, anos pares são sempre assim. Eles são bagunçados, cheios de emoções negativas e separações motivadas por distância. Mas mesmo depois de tantos anos, nunca consegui me acostumar e sempre me perco no meio de tanta emoção.  Esse ano, porém, se destacou. Viver em um estado pandêmico não é fácil, e por mais que historicamente pareça interessante, experimentar tudo é uma loucura, principalmente a distância.  Nos outros anos anos pares essa distância era voluntária, da minha parte ou da outra pessoa, e ela chegava aos poucos, sem avisar. Dessa vez foi diferente, tudo foi forçado, sem abraços, sem beijos e sem contato físico algum - quanta saudade do calor corporal do corpo de alguém. Não há muito o que fazer, só aceitar e eu estou t

Teresina, 05 de janeiro de 2020

Que dia horrível. A cabeça está lotada de pensamentos, mas é impossível organizar e separar cada um para falar, ainda mais quando isso é meu desejo. No início do ano decide organizar minha agenda, prometi que colocaria toda a minha programação, compromissos e inclusive meu humor. Esse talvez fosse o mais difícil diante da dificuldade de definir um dia dentro de quatro características genéricas: feliz, normal, triste e estressada. Decidi que colocaria um por dia e no final do mês seria feito o diagnóstico. Até então estava tudo certo. Mas, como tudo planejado não impede problemas, aconteceu o dia de hoje. Começou incrível, saí  com meus amigos e namorado, primeiro passeio com dois lados da minha vida, e mesmo com alguns problemas no caminho, foi incrível. Pensei, lá vai mais um azul na minha agenda. Pena que nada é tão simples, e a noite que seria apenas pra descansar, foi destinada para uma longa conversa na qual falei 10 palavras e escutei outras mil. As piores frases que já escut

Teresina, 01 de outubro de 2019

Demorou muito tempo, mas finalmente o senti. Encontrei alguém quando menos aguardava e hoje vejo como valeu a pena esperar. As incertezas do início me amedrontaram um pouco, mas me deixei levar e quando percebi, eu já havia virado o clichê de um romance batido dos anos 2000. Começou com um beijo rápido, de carnaval, depois de uma chuva forte. Os dois um poucos alterados e de roupas molhadas, dançando uma música que eu bem queria lembrar. Tudo resultado de algumas trocas de olhares, uns risos soltos e uma gentileza rara. O resto são memórias misturadas de um dia maravilhoso que se estendeu por outros dias mais incríveis ainda até o final de uma viagem perfeita. Quanta saudade desse carnaval, nem acredito que por um momento quase desisti de ir. Só de imaginar que tudo isso poderia não ter acontecido faz meu coração apertar. Pensar que eu poderia não ter o encontrado. Pensar que eu poderia não ter trocado aqueles olhares bestas. Pensar que eu poderia não ter a vontade de beijá-lo.